Pros VCs sua Startup Está Sempre à Venda
Descubra por que toda startup que levanta capital está à venda, mesmo quando todo o founding team pensa o contrário.
Na minha primeira semana na Índia, já deu pra ver que você se adapta ao ‘caos organizado’. Viver o meme do trânsito indiano não tem preço! 😁
Fica claro também como a baixa maturidade tecnológica afeta as soluções regionais.
Imagine criar uma "solução disruptiva" em um país onde 70% da água é imprópria para consumo. O básico já transforma vidas.
Nesta foto, estou no festival que celebra Lord Ganesha, o deus hindu que remove obstáculos. Impressionante como os rituais são levados a sério por aqui!
Agora, voltando ao assunto do Rastro 👇
Muitos founders gostam de pensar que sua empresa tem um futuro longe de qualquer negociação de venda. Mas aqui vai a verdade: se você levantou capital, sua startup está sempre à venda, goste você disso ou não.
A cada reunião com investidores, essa pergunta surgirá:
"Quando vamos vender?".
Isso faz parte do jogo, e a maioria dos empreendedores subestima o impacto dessa mentalidade.
Hoje, vou te mostrar como esse pensamento molda o dia a dia de uma empresa tech.
Se você não entende isso, está cego para o que realmente movimenta o mercado. O problema é que a maioria das pessoas trabalha na ilusão de que IPO é a única saída glamorosa. Vou te contar por que a realidade é bem diferente.
Vamos discutir as razões pelas quais quase todas as startups que levantam capital estão construindo valor para serem vendidas – mesmo que o founding team pense o contrário.
Esse é o Deep Dive de hoje, mas também vamos falar sobre:
Insight → Down Rounds “Caindo”
Citação → Cuidado ao Antecipar o Cofrinho da Startup
Em parceria com a SAFIE Assessoria
Nessa jornada à frente de uma startup, cada decisão vai impactar o potencial de valorização da empresa. Para garantir o melhor cenário numa negociação, ter uma assessoria jurídica e financeira ao seu lado vai fazer toda diferença.
Esta é a missão da SAFIE.
A SAFIE conta com uma equipe especializada em operações de investimento e M&A, cuidando da burocracia legal e financeira para garantir o melhor cenário para os founders.
O melhor de tudo: quem é leitor do Rastro tem acesso a uma consultoria gratuita com o time da SAFIE.
Pegadas do Unicórnio 🦄
Os meus links favoritos da semana:
🧠 Mindset
Por que os generalistas são donos do futuro (leitura, 2 min, em inglês)
Usar seu próprio produto é um superpoder (leitura, 7 min, em inglês)
2 erros muito comuns que os founders cometem e que podem matar sua startup (leitura, 4 min, em inglês)
🤝 Sales
Contratando seu primeiro vendedor (leitura, 8 min, em inglês)
Como passar de founder-led para AE-led sales (leitura, 12 min, em inglês)
Vender global: comece no primeiro dia (leitura, 8 min, em inglês)
🤑 Fundraising
O que você precisa saber para um fundraising bem-sucedido (leitura, 5 min, em inglês)
Dicas para negociar termos não relacionados a preços (leitura, 3 min, em inglês)
Por que “quão grande é o seu mercado?” é uma pergunta terrível que os VCs fazem (vídeo, 2 min, em inglês)
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Deep Dive
Modo-CEO Vendedor
Imagine que você está dirigindo sua startup como quem dirige um carro, achando que vai fazer uma longa viagem. Mas aí vem a verdade: você não está em uma estrada, está em um leilão!
A cada curva, compradores medem o risco/retorno, e enquanto você pensa no horizonte distante, eles estão só esperando a melhor oferta.
A ilusão da estabilidade é isso: achar que você está no controle total, quando na verdade, seu carro sempre está com a placa de "vende-se" no retrovisor.
Depois que você que receber o primeiro investimento, como CEO, você estará constantemente equilibrando duas forças opostas:
construir um negócio sustentável a longo prazo e,
Ao mesmo tempo, manter a empresa atraente no curto prazo
Apesar de estarmos lidando com transações com foco em curto prazo, eu sempre gosto de lembrar desse gráfico sobre a velocidade do crescimento do valuation de empresas tech.
Não acontece do dia pra noite, mas se os VCs perceberem que podem conseguir dar uma saída importante para equilibrar o saldo do fundo, eles o farão.
Essa dualidade em forças opostas exige que cada decisão que você toma, por menor que seja, passe por um filtro invisível.
O roadmap de produtos? Não é só sobre inovação; é sobre ser atraente em caso de liquidez.
As contratações? Não são apenas para escalar a empresa, mas também para alinhar o time com uma possível venda.
Até os cortes de custo e ajustes operacionais são para mostrar rentabilidade aos compradores do que para melhorar eficiência interna.
Você estará num jogo de malabarismo.
E essa tensão, entre crescer para o futuro e parecer pronto para o presente, é o que molda as decisões do dia a dia de forma silenciosa – muitas vezes sem que sua equipe perceba.
Essa é a parte que poucos entendem: o verdadeiro desafio não é apenas criar valor para o futuro, mas garantir que esse valor seja visível para quem pode querer comprá-lo hoje.
A ilusão do IPO
Muitos empreendedores veem o IPO como o ápice do sucesso, mas a realidade é outra. Em 2023, apenas 54 empresas fizeram IPO nos EUA, e dessas, apenas 9 eram de tecnologia.
Esses números mostram que o IPO é cada vez mais raro, e não a regra que muitos imaginam. A maioria das startups que levantam capital acaba sendo vendida antes de chegar a esse ponto.
A verdade é que o caminho mais comum para os investidores recuperarem seu dinheiro é por meio de aquisições.
Quando for investido, acostume-se com a plaquinha de "vende-se".
Insight
Down Rounds “caindo”
Nos últimos tempos, o mercado de startups passou por uma montanha-russa, com a explosão das rodadas em baixa que deixaram muita gente preocupada.
Mas, os números recentes finalmente trazem um pouco de alívio e mostram que as coisas podem estar melhorando.
O gráfico mostra uma oscilação nas rodadas em down rounds, desde 2020, com um pico em 2022 e início de 2023, especialmente nas séries C e D.
Agora, o lado "apaziguador" da história: após esse pico desconfortável, o gráfico sugere uma tendência de baixa em 2024, o que deve dar um alívio ao ecossistema.
Esse declínio pode indicar que as startups estão conseguindo estabilizar seus valuations. Talvez tenhamos visto o pior, e o ecossistema respira mais aliviado.
As startups podem esperar valuations mais estáveis.
Citação
Cuidado ao Antecipar o Cofrinho da Startup
Uma coisa que muitos founders de sucesso fazem, mas quase não se fala abertamente, é a venda secundária. Basicamente, é quando eles ou os investidores vendem uma parte das ações antes da venda da empresa, pra já garantir um dinheiro no bolso.
Tá, não é tão simples assim!
Os investidores nem sempre aceitam, já que pode dar a impressão de que os founders estão "saindo" cedo demais. É uma jogada delicada, que exige cuidado e o timing certo.
Às vezes, porém, essa é a única maneira do founder fazer dinheiro, literalmente.
Segue o exemplo:
No tweet do Rohit Mittal, ele compartilha três exemplos de empresas que levantaram muito dinheiro, mas os empreendedores, em muitos casos, não ganham dinheiro:
$150M com valuation de $450M: Fundadores não venderam em secundária, ou seja, não conseguiram realizar ganho pessoal e não receberam NADA com a venda da empresa.
$350M com valuation de $750M: Fundadores venderam entre $4M e $5M em secundária, mas não lucraram NADA com a venda da empresa, e os investidores também não recuperaram seu dinheiro.
$100M com valuation de $250M: Fundadores venderam $2M em secundária, mas não ganharam NADA com a venda da empresa.
Os empreendedores não levaram nada porque, depois de muitas rodadas, a participação deles ficou pequena. Além disso, os investidores geralmente têm preferência na hora de receber, então o dinheiro acaba indo todo pra eles primeiro, deixando os founders de mãos vazias.
A lição aqui é simples: levante apenas o capital que você realmente precisa, evitando diluições e a perda de controle da sua startup.
Quando você estiver pronto, posso te ajudar em:
Melhorar a proposta de valor do seu pitch
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